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Leitura Recomendada: The Architecture Journal #20 e o papel do arquiteto

Olá pessoal, tudo certo?

A edição n.20 do “The Architecture Journal” em inglês já está disponível, na verdade desde junho :)

The Architecture Journal

 

O tema desta edição foi “Arquitetura em Tempos Turbulentos”, bem atual.

Veja mais aqui: https://msdn.microsoft.com/en-us/architecture/bb410935.aspx

Nesse tema, gostaria de levantar um assunto: minhas últimas conversas com arquitetos e profissionais de TI envolveram diversos aspectos relacionados com a plataforma de aplicações, integração entre serviços .NET e serviços em Java, construção de serviços e cenários SOA/SOI, melhores práticas para WCF e WF, assim como direções para times de arquitetura e desenvolvimento. Porém, sempre que questionei os aspectos de negócio envolvidos na solução ou mesmo sobre o impacto de cada decisão de projeto no negócio da empresa, foram poucas as respostas. :(

De fato, tenho sentido uma falta constante de envolvimento de muitos arquitetos em relação aos motivadores de TI. Já falei um pouco desses motivadores num post maior, aqui.

Quando escolhemos entre Web Forms e MVC, por exemplo, o impacto não está relacionado apenas em aspectos de programação, maior controle sobre o código HTML ou a aplicação de funcionalidades RAD. Existe um impacto de médio e longo prazo em manutenção, composição, testabilidade, operação, etc. que resulta em maiores ou menores oportunidades de negócio para a empresa. Isso é mais forte em algumas indústrias, seja para cenários de ISV’s, pequenas e médias empresas ou corporações.

Sempre falamos que é responsabilidade do arquiteto estar envolvido com os aspectos de negócio que direcionam cada decisão técnica. Pensar em cenários de negócio ao invés de features ou funcionalidades de produto é parte obrigatória dessa visão. Porém, por que não temos observado isso no dia-a-dia de nossas empresas e arquitetos? Atualmente, tem sido mais fácil encontrar arquitetos operacionais do que estratégicos.

Será que este comportamento é consequência da crise deste primeiro semestre, que atingiu o mercado em diferentes níveis para cada indústria? Ou o papel do arquiteto (de soluções, infra-estrutura e enterprise) no Brasil continua em formação, abrangendo vários sabores de atuação? Falta maior capacitação para a visão de negócio na formação de nossos arquitetos hoje em dia?

O que vocês acham?

Waldemir.

Comments

  • Anonymous
    July 07, 2009
    Fala Waldemir, Concordo plenamente com você quanto ao papel do arquiteto de TI. Hoje infelizmente acredito que existam muito mais arquitetos que optam apenas pela solução em si, tentando resolver problemas operacionais apenas. Não vejo como esse sendo um problema apenas gerado pela crise - o que vejo é que especialmente no Brasil, a visão de ser arquiteto é realmente deturpada. Aqui, quem trabalhou como lider em um ou mais projetos já se considera um arquiteto apenas pela experiência. Pensar "fora da caixa", alinhar-se ao negócio, justificar seu custo e o investimento como responsável nao como TI apenas - e sim como parte do coração da empresa -  infelizmente não está na agenda de grande número de pessoas que se dizem arquitetos. grande abraço