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Cloud Computing para CIO e Gerentes de TI

Olá senhores, tudo bem?

Estamos chegando ao fim de mais um ano e com certeza, 2009 será marcado como um ano de discussões sobre cloud computing ou computação em nuvem.

De fato, a nuvem nos foi apresentada como a próxima grande onda, a nova tendência da próxima década ou mesmo a salvação para nossos problemas em tempos de crise, revolucionando a maneira como consumimos TI. Nada como uma promessa de redução de custos em tempos de busca pela eficiência financeira, concorda?

Tanto é verdade que durante esse ano, muitos dos leitores aqui participaram de eventos nacionais e internacionais sobre Governança na Cloud, Gestão de Recursos com Cloud Computing, Segurança na Nuvem, ou ainda "Você está tranquilo com o datacenter onde seus dados passam a noite?" :), além de outros eventos afins.

Mas por de trás desse "hipe" de lançamento e atenção exagerada podemos destacar duas questões importantes:

1. Como reduzir custos e economizar em TI com cloud computing? Isso é possível?

2. Como aproveitar cloud computing para atender as necessidades de negócio de uma forma mais ágil, rápida e dinâmica? Isso também é possível?

Você deve concordar que reduzir custos e ser ágil é o que está na pauta de muitos dos CxO's de grandes empresas, assim como de pequenas e médias que buscam um lugar ao sol em seus mercados. Ao mesmo tempo, reduzir custos e ser mais ágil pode parecer mesmo conflitante em muitos casos: o eterno "fazer mais com menos"... você já ouviu essa história antes…

Como vimos ao longo de 2009, cloud computing torna-se uma oferta comum em diversos fornecedores, atraindo CIO's e Gerentes de TI em torno da potencial redução de custos com gestão de hardware, administração de infraestrutura, investimentos iniciais em datacenters, compras de máquinas ou mesmo custos operacionais diversos com pessoal de TI e software básico de operação.

Através da escolha de um fornecedor de cloud computing, as empresas poderão focar no negócio, enquanto aproveitam um provisionamento dinâmico de infraestrutura mais próximo das reais necessidades de crescimento e demanda junto a aplicação. Trocaríamos o gráfico atual abaixo:

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Por algo mais suave e aderente a demanda dinâmica de nossas aplicações, como ilustrado a seguir:

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Porém, apesar dos mais de 300 dias falando sobre o assunto, ainda vemos muitas empresas discutindo aspectos de segurança, conectividade, latência, integração, etc. Outro tópico frequente é a interoperabilidade entre o ambiente on-premise e a infraestrutura na nuvem: como garantir que aplicações locais falem fluentemente com soluções na nuvem? Todas essas questões são relevantes e precisam ser discutidas sim!

Mas você deve concordar que esse período de dúvidas deve passar logo e então, estaremos numa nova fase: quais aplicações vou colocar na nuvem? Algumas empresas já iniciaram esse estágio, escolhendo soluções candidatas para a cloud, enquanto avaliam os riscos de operação e o comportamento da nova infraestrutura.

Terminadas as festas de final de ano, estaremos num novo momento: 2010 será um ano de decisões e apostas interessantes em torno de um nova TI, parte on-premise, parte public cloud, parte private cloud; uma TI mais híbrida em muitos casos.

Sabemos que as empresas que rapidamente aproveitam os benefícios de uma nova tecnologia conseguem um posicionamento estratégico melhor em seus mercados. Sabemos também que a novidade da computação em nuvem vai passar e teremos uma alternativa de fato sendo oferecida por diversos fornecedores, em diversas regiões do mundo, com sabores de contratação dos mais diversos.

Então a pergunta que realmente fica e que gostaria de deixar com vocês é: quanto tempo mais você vai esperar para realmente avaliar o futuro de sua TI?

ROI, TCO, TI Estratégica, TI Operacional, como a computação em nuvem vai mudar o custo final de seu produto? Qual será o impacto dessa nova composição de TI para seu negócio?

Realmente, meu amigo(a) CIO, meu amigo(a) Gerente de TI, aproveite pelo menos 1 dia de seu merecido descanso de final de ano para um óscio criativo em torno desse tema…

…só não vale deixar para dezembro de 2010 :)

Um abraço!

Waldemir.

Comments

  • Anonymous
    December 10, 2009
    Waldemir, o que voce diria pra uma empresa que hospeda seu produto/site em um "datacenter" proprio e que investiu mais de 3 milhoes de dolares em 2009 com hardware? Qual argumentos utilizar? Abracos

  • Anonymous
    December 10, 2009
    Olá Tucaz, tudo certo? Obrigado pelo comentários no blog! Vamos lá, imagine uma empresa que de repente se dá conta de ter investido 3 milhões de dólares em hardware próprio, em seu próprio datacenter. É muito dinheiro, com certeza tivemos uma alguma análise de impacto sobre esse investimento. Nessa análise, algumas questões foram muito relevantes, por exemplo:

  • legislação, exigindo a custódia de dados em infraestrutura própria ou mesmo no Brasil. É o que acontence com sistemas de conta-corrente no setor bancário;
  • risco, considerando informações que a diretoria da empresa não abra mão de administrar e hospedar. É o que acontece com geradores de conteúdo em vídeo e imagens, como propagandas, filmes, vinhetas. Algumas empresas simplesmente não abrem questão sobre manter esses arquivos em datacenters remotos;
  • ou latência, considerando que a própria oferta de cloud computing ainda não dispõe de datacenters no Brasil. Na verdade, alguns deles de outros fornecedores tornaram-se disponívels apenas no segundo semestre, enquanto o tema ainda despertava mais curiosidade do que segurança. Posso estar enganado, mas que alguns outros fornecedores já ofereciam ofertas de IAAS - Infrastructure as a Service já há algum tempo. Assim, se as necessidades de negócio foram urgentes e questões como risco, latência e legislação foram mais importantes, a decisão foi investimer em sua própria infraestrutura. Veja que estou desconsiderando a possiblidade da empresa ter apenas investido sem sequer avaliar cloud computing. Nesse caso, teríamos um grande erro, com algum impacto no futuro. Em relação ao Windows Azure, ele entra em produção em 1 de janeiro de 2010 e começa a cobrar em 1 de fevereiro de 2010. Por enquanto, serão 6 datacenters no mundo e ainda não tenho detalhes sobre datacenters na América Latina. Vamos aguardar! Finalmente, se o investimento de 3 Milhões é um valor anual, considerando gastos operacionais constantes sobre a infraestrutura da empresa, continua valendo as considerações deste post. Avalie Cloud Computing em 2010! Agora, se o investimento tem ROI/TCO justificado para os próximos anos, nada errado, decisão de projeto! Em tempo, não deixe de conferir a seguinte apresentação do PDC09: The Business of Windows Azure: What you should know about Windows Azure Platform pricing and SLAs Ref.: http://microsoftpdc.com/Sessions/SVC54 Um abraço! Waldemir.
  • Anonymous
    December 11, 2009
    The comment has been removed
  • Anonymous
    December 14, 2009
    Olá Otávio, Bem lembrado! Além das questões de decisão sobre public cloud computing, as empresas ainda podem aproveitar os investimentos realizados em seus datacenters em ambientes de private computing. Isso pode ser muito interessante como oferta interna ou mesmo em novas frentes de serviços da empresa. []s Waldemir.