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O que é uma Nuvem Privada? (pt-BR)

Nuvem privada é um modelo de computação que usa recursos dedicados a uma organização. Uma nuvem privada compartilha muitas das características da computação em nuvem pública, inclusive pools de recursos, elasticidade de autoatendimento e pagamento conforme o uso fornecidos de uma forma padronizada com o controle e personalização adicionais disponíveis em recursos dedicados.

Fig. 1: Atributos da nuvem privada

Embora a virtualização seja um componente tecnológico importante da nuvem privada, o principal diferencial é a abstração contínua de recursos de computação da infraestrutura e as máquinas (virtuais ou não) usadas para fornecer aqueles recursos. 

Apenas através do fornecimento dessa abstração os clientes podem alcançar os benefícios da nuvem privada – inclusive maior agilidade e capacidade de resposta, TCO reduzido e maior alinhamento e foco dos negócios. Mais importante: uma nuvem privada promete superar a eficiência em termos de custo de uma infraestrutura virtualizada através de maior densidade de carga de trabalho e maior utilização de recursos.

Conceito de Nuvem

O termo nuvem já é muito comum e utilizado a algum tempo para nos referir a internet.

A ideia é simples, ao nos conectarmos ao nosso provedor de internet recebemos um endereço único na rede, o IP, e com ele acessamos qualquer outro endereço do mundo todo. Assim como tentar olhar o céu em um dia nublado, portanto cheio de nuvens, assim é o uso da internet. Técnicos sabem que para chegar em um site que esteja, por exemplo na Itália, passamos do nosso provedor de banda larga interno para os roteadores do provedor e depois para os roteadores de outros provedores (chamados de backbone) que possuem acesso a cabos oceânicos que chegam a Europa conectando a um provedor costeiro que pode ser em outro pais, que transmite o dado ao provedor da Itália que por sua vez faz chegar isso no servidor que estamos acessando, como mostra o gráfico abaixo:

Note que o fato importante a destacar é que não sabemos como o provedor de cada país trata os dados, se é por rede local, fibra ótica ou frame relay. Nem mesmo onde esses provedores estão e quantos são me interessa, afinal de contas tudo tem que acontecer de forma transparente para o usuário.

Já tendo entendido o significado geral do termo “Nuvem”, como ele se aplica na atual onda voltada a virtualização e gerenciamento inteligente de datacenters e servidores?

O principio é similar, alterando que agora estamos nos referindo a recursos e dados necessários para a informação e processamento que demandamos. É importante entender que nuvem privada não é sinônimo de virtualização, já que virtualização é uma tecnologia e nuvem é a implementação de todo o ecossistema com monitoramento e automatização dos processos utilizando a família de produtos System Center 2012.

É importante notar que existem três tipos de nuvem quando falamos em datacenters:

  • Nuvem Pública – São utilizados servidores na internet para o processamento, com isso delegando a um datacenter o processamento de dados. É nesta categoria que está o Windows Azure (http://www.windowsazure.com)
  • Nuvem Privada – Utiliza os mesmos conceitos de virtualização, porem os recursos físicos estão hospedados e controlados pelo cliente. É importante que o fato de utilizar, por exemplo, hospedagem em um datacenter de terceiros não torna a nuvem pública se a gestão e a propriedade dos recursos físicos  é por conta do cliente, o que chamamos de collocation
  • Nuvem Hibrida – Permite gerenciar uma infraestrutura local em conjunto com uma infraestrutura em nuvem, por exemplo, com o VMM 2012 podemos administrar os servidores Hyper-V no datacenter local e na mesma interface e até integrados nos serviços, os servidores hospedados no Windows Azure

Como uma imagem fala mais que mil palavras, veja o gráfico abaixo:

Imagine que no rack acima eu tenha 60 servidores virtualizados com as diferentes necessidades da empresa, onde o usuário final não faz ideia de qual tipo de servidor está alocado, se o storage é SAS ou SATA, como a rede é roteada, se os servidores são blades, etc.

Para o usuário, por exemplo, um DBA em SQL Server, importa que ele tenha um servidor com 4 processadores, 16 GB de RAM e 1 TB de armazenamento. Ele irá solicitar isso ao departamento de TI e um administrador irá particionar uma LUN (espaço em disco no storage), criar uma VM (maquina virtual ou Virtual Machine), alocar o tanto de memória solicitado e o numero de processadores. Quando o DBA receber o endereço IP do servidor solicitado e pedir suas propriedades verá 4 processador, 16 GB de RAM e 1 TB de espaço em disco, exatamente como solicitado.

Os equipamentos utilizados no datacenter podem ser de diversos fabricantes (Dell, HP, IBM, EMC, etc) já que o gerenciamento deste ambiente pode ser integrado com o uso dos ambientes de virtualização, no caso das tecnologias Microsoft o Hyper-V do Windows Server 2008 R2 gerenciado pelo System Center Virtual Machine Manager 2012 (VMM 2012).

Para o usuário final que pode ser um DBA, administrador do Exchange ou de um CRM, acaba o problema de ter que atualizar BIOS, particionar discos, cuidar da manutenção física do servidor. Para o administrador de rede e gerencia de TI acaba o problema de expansão física, limitação de hardware ou software para cada servidor, e principalmente, a alocação dos recursos que acabam sobrando para um determinado servidor e faltando em outro.

Essa abstração do que é físico ou virtual, das características técnicas de um equipamento e a montagem física tornam muito mais fácil a administração, manutenção e expansão do datacenter de uma empresa. 

Referencia: http://www.microsoft.com/pt-br/server-cloud/readynow/?WT.mc_id=Display