Utilizando e Planejando o uso de Fitas no System Center Data Protection Manager-DPM (pt-BR)
Uma dúvida muito comum que recebo é como utilizar tapes no DPM (System Center Data Protection Manager), já que os videos que publiquei no final de 2009 (http://www.marcelosincic.com.br/blog/post/Serie-Technet-VideoCast-System-Center-Data-Protection-Manager.aspx) não abordei o assunto por estar utilizando VMs e não tinha um tape drive.
Obviamente que será necessário utilizar um modelo compativel (http://technet.microsoft.com/en-us/systemcenter/dm/cc678583), e no meu caso estou com a Dell TL4000 que possui robo e dois drives.
Parte I – Utilizando backups em fita
No DPM temos o backup “short-term” que é realizado em disco e o backup “long-term” que é em fitas.
Para habilitar é necessário primeiro que o DPM reconheça a unidade, como mostrado na imagem abaixo:
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Tape%20Drive_thumb.png
Note que no exemplo acima estamos tratando de um robo de fitas com capacidade para 23 LTOs 3 ou 4 no carrousel.
Após reconhecer a unidade no grupo de proteção já irá habilitar a opção de backups em fitas, como abaixo:
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Tipos%20de%20Backup_thumb.png
Ao escolher que deseja fazer o backup “long-term” terá as próximas duas telas, a primeira abaixo mostra o periodo de retenção do backup em fita, sua frequencia e o agendamento do backup.
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Backup%20Tape_thumb.png
Por fim, escolha em qual dos drives (quando multiplos) deseja que o backup seja feito e se deseja criptografar e comprimir, lembrando que não é possivel combinar os dois métodos:
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Escolha%20do%20Tape_thumb.png
Parte II – Gerenciando unidades de fita e robôs
O gerenciamento de fitas no DPM é relativamente simples, mas importante para as atividades, principalmente quando falamos de robos com co-location habilitado.
Inicialmente, na imagem abaixo vemos um robo de fitas, a TL2000 da Dell que utiliza o drive 3573 da IBM.
Note que temos uma unidade de fita e um carrosel de 24 slots (o primeiro está carregado no drive) e cada fita tem um barcode e label indicando sua utilização.
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Tape%20Drive_thumb_1.png
Status – Obviamente indica se a fita está livre ou disponivel. É importante que este campo só mostra se a fita está vazia, disponivel para uso ou danificada, porem o estado disponivel (Tape available) não indica que a fita está livre ou vazia, apenas que a fita não está com problemas
Tape Label – O DPM utiliza este campo para indicar o que está dentro da fita, no caso utilizando o nome do grupo de proteção mais um código sequencial como indicativo visual para o administrador de backup. O estado Free obviamente indica que a fita não contem dados ou que estes já expiraram, conforme a politica de renteção long-term do grupo de proteção
Barcode – Indicador unico de cada fita, o barcode lhe permite identificar a fita, mas não permite fidelizá-la, o que é uma limitação do DPM que muitos criticam, porem é importante notar que o próprio DPM gerencia isto automaticamente, principalmente em robos
Offisite Ready – Indica que a fita está com o backup. Nos casos em que o co-location estiver habilitado e existe o robo este dado pode não ficar disponivel por deixar a fita a espera de outros backups, porem nos casos de tape drives sem robo este dado indicaria que aquela fita já foi usada para o backup e que deve ser tirada, e quando o co-location estiver habilitado que a fita já está cheia e não é possivel continuar a utilizá-la
O que é o Co-location?
Esta opção permite ao DPM utilizar melhro as fitas por combinar backups. Por exemplo, uma fita LTO-3 pode ser de 800GB e o backup dos dados utilizar apenas 200GB, assim o restante da fita acomodaria outros conjuntos de backup e otimizariamos a necessidade de mais fitas.
Para ativar abra o DPM Management Shell e utilize o comando:
Set-DPMGlobalProperty –DPMServerName <Servidor> -OptimizeTapeUsage $True
Quando usar o Co-location?
Nos casos de não haver robo, apenas a unidade de fita, esta opção irá ajudá-lo por permitir que uma mesma fita contenha multiplos backup.
Por outro o lado o co-location pode atrapalhar quando um dos backup não estiver expirado e a fita ficar cheia. Por exemplo, imagine que a mesma fita arquivou backup do servidor de arquivos e do SQL Server por 3 ciclos de retenção (1 mês com backups a cada 7 dias). Esta fita encheu e como os dois primeiros backups estão expirados mas o ultimo ciclo não, a fita não fica livre e não pode ser reutilizada até que o terceiro expire.
Por outro lado, se você possui o robo este utilizará a fita até o final com vários conjuntos de backups e passará para a próxima fita ao final.
Operações com Fitas
O menu abaixo mostra as opções que podem ser utilizadas com as fitas:
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Options%20Tape_thumb.png
- **Inventory Library –**Esta opção faz a leitura de todas as fitas no carrousel ou a fita que está no drive caso seja unico. Em casos em que uma fita aparece nos alertas como “suspect” ou “unreadable” esta opção resolve o problema por reinventaria todas as fitas
- Rescan e Refresh – Utilizadas para o DPM reconhecer novas unidades de fita (tape drives)
- Clean Drive – Pede a fita de limpeza do drive
- Remove e Add Tape (I/E port) – Abrem a porta do tape para retirada ou colocar novos tapes
- View Tape Contents – Retorna o catalogo da fita, com os backups que ela contem e a data de expiração
- Erase Tape – Deleta os dados de uma fita, util quando ela ainda contem dados que não expiraram
- Mark as Cleaning Tape e Unmark Tape as Free – Estas opções indicam que a fita está livre ou não, sendo que neste ultimo caso é util para quando se deseja guardar permanentemente o backup
Parte III – Planejando a politica de retenção em fitas
Como abordado na primeira parte é necessário escolher algumas opções ao criar o grupo de proteção e utilizar a opção “Long-term”.
http://www.marcelosincic.com.br/blog/image.axd?picture=Backup%20Tape_thumb_1.png
A primeira opção Retention range indica qual o tempo de retenção ou expiração do backup. Esta opção é importante ao ser planejada pois se este tempo for alto indica o numero de fitas que precisam ser utilizadas, já que como abordado na parte II a fita só pode ser reutilizada quando este periodo terminar.
A opção Frequency of backup e Backup schedule obviamente indicam quando o backup será executado na janela de retenção.
Quantas fitas (tapes) são necessárias?
Utilizando o backup acima como exemplo, precisariamos de 6 fitas. O motivo é que o backup é diario realizado de segunda a sexta (sabado e domingo está como excluido) o que formaria um conjunto de 5 fitas. A 6ª fita é a de arquivamento, já que o rodizio das fitas só seria possivel ao completar uma semana.
Ou seja, sempre serão necessárias uma fita a mais do que o periodo indicado para ser possivel realizar o rodizio.
Utilizando o Co-location não diminuo o numero de fitas?
Sim e muito, principalmente se os grupos de proteção forem menores que 400/800GB da fita LTO-3, por exemplo, já que diversos backups poderão estar contidos em uma unica fita.
O problema do co-location é o fato do gerenciamento ser manual. No exemplo da pergunta anterior poderá existir uma rotina de backup onde o operador em um horário determinado irá trocar a fita.
Quanto o co-location está ligado é necessário ficar manualmente olhando o quanto da fita está livre para fazer a troca, alem do co-location acabar misturando backups de grupos de proteção diferentes na mesma fita, o que torna mais complexo o arquivamente em cofre ou outra forma persistente.
Exemplos com politica de renteção em cofre
Vamos fazer um exemplo de uma empresa com 3 grupos de proteção, o que é comum. Levaremos em conta que o arquivamento mensal será permanente:
- Grupo 1 – File Server com backup diário (seg-sex), retenção semanal e arquivamento mensal
- Grupo 2 – Exchange com backup diário (todos os dias), retenção semanal e arquivamento semanal/mensal
- Grupo 3 – SQL Server com backup diário (todos os dias), retenção semanal e arquivamento semanal/mensal
Para o grupo 1 precisariamos anualmente de 12 fitas permanentes mais 6 rotativas:
- 5 fitas para os backups diários
- 1 fita para fechar o ciclo semanal
- 12 fitas para os backups mensais que são o ultimo semanal do mês, que será arquivada
Como o grupo 2 e 3 são similares seriam necessárias anualmente 56 fitas permanentes e 7 rotativas que ao longo do
- 7 fitas para os backups diários
- A ultima fita de backup diário na semana será a fita semanal, portanto 4 fitas por mês que serão arquivadas
- A fita de backup mensal é a última fita do semanal, que será será arquivada
Se o mesmo grupo 2 e 3 não exijam que o backup das semanas anteriores sejam guardados ao terminar o mensal teriamos a redução de 3 fitas ao mes o que somaria 12 fitas permanentes, 3 rotativas semanais e 7 rotativas diárias:
- 7 fitas para os backups diários
- A ultima fita de backup diário na semana será a fita semanal, portanto 4 fitas por mês que serão arquivadas
- A fita de backup mensal é a última fita do semanal, que será será arquivada dispensando as 3 anteriores para rodizio
**Original by Marcelo Sincic - MVP Management Infrastructure
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