As PME são o Motor da Economia Africana
Publicado por Robert Kayihura
Director – Assuntos Jurídicos e Empresariais, Microsoft
A Microsoft compreende bem a importância das pequenas e médias empresas (PME) na economia africana. Foi por isso que em Novembro lançámos a iniciativa Mantenha a sua Empresa Activa. Este programa online tem por objectivo oferecer conselhos aos pequenos e médios empresários já estabelecidos e àqueles que querem começar os seus negócios. Estes indivíduos são o futuro económico do continente africano – e, ao começarmos um novo ano, o futuro parece-nos muito promissor.
Com o crescimento do PIB para 2013 projectado em 5,3% , a economia da África Subsaariana está em franca expansão. De uma forma geral, a economia africana não foi afectada pelos factores económicos que agrediram uma grande parte do mundo ocidental, e isto torna África cada vez mais atraente para investidores estrangeiros. Contudo, vale a pena lembrar que o verdadeiro peso da economia africana advém das PME, que são responsáveis por 50% do emprego em África e por 20% do PIB no continente.
A gestão de uma pequena ou média empresa é difícil em qualquer parte do mundo, mas em África ainda mais e com desafios diferentes. Em termos informáticos, as três principais barreiras no acesso ao mundo dos computadores, são os custos proibitivos do equipamento, falta de acesso aos programas e, acima de tudo, a inexistência ou incepiência das infraestruturas para TI e banda larga – mas a Microsoft está empenhada em ajudar a superar o problema através da oferta de soluções e programas inovadores como o BizSpark e o DreamSpark, que proporcionam acesso gratuito a ferramentas de apoio ao desenvolvimento de software e licenças de utilização de plataformas a empresas novas, a estudantes e a instituições académicas.
A fim de combater as preocupações com o elevado custo de equipamento informático, por exemplo, as PME podem usar o programa Windows MultiPoint Server 2011 para virtualização de 10 ou mais estações de trabalho num único computador. A virtualização não só diminui as despesas com equipamento e programas, como diminui também o consumo de energia e os custos de manutenção que podem ser reduzidos em 80%. A combinação da virtualização com o acesso à Internet móvel 3G permite às PME africanas fazer os seus negócios com o resto do mundo mesmo quando as infraestruturas das linhas telefónicas fixas são fracas.
Além disso, temos o Microsoft BizSpark, um programa global que ajuda as novas empresas de software a obterem sucesso dando-lhes acesso gratuito a ferramentas de desenvolvimento de programas informáticos. Também este programa dá às PME e aos empresários africanos as ferramentas de que necessitam para poderem levar a cabo as suas actividades empresariais.
Um outro desafio que o desenvolvimento digital em África enfrenta é a falta de capacidade – o problema não reside na falta de boas ideias, mas na falta de competências para desenvolver estas ideias usando ferramentas digitais modernas. A solução reside em dar a formação necessária às pessoas, muito em particular aos jovens, ensinando-lhes a usar as tecnologias que muitos deles nunca experimentaram antes.
Relativamente à formação e à oferta de acesso a informação e ferramentas, por vezes um pouco é o suficiente para ter um impacto significativo – sobretudo no que toca aos jovens. O ano passado, durante uma visita ao Malawi, por exemplo, os meus colegas tiveram ocasião de constatar a facilidade dos jovens em absorver informação quando viram várias alunas da área rural de Chikwawa, que nunca tinham visto um computador na vida, aprender a usar um computador e a preparar um CV – apenas num dia.
Por isso, embora o percurso ainda seja longo até que o continente africano consiga explorar plenamente todo o seu potencial digital, iniciativas como Mantenha a sua Empresa Activa e BizSpark já começam a marcar a diferença. E, ao demonstrar as potencialidades dos computadores e ao tornar a hardware e a software mais acessíveis, sentimo-nos muito entusiasmados por estarmos a contribuir para inspirar a próxima geração de empresários africanos e de PME.