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Linux e Hyper-V Juntos? Sim, com certeza

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A princípio tal declaração pode ser olhada com desconfiança. Afinal, há um histórico acalorado de Linux x Windows, etc e etc. Entretanto, para o cliente final, o que ele quer, é que as soluções funcionem da melhor maneira possível.

E quando falamos de datacenter, é claro que encontrar ambientes padronizados e homogêneos é o que chamamos de “mosca branca”. Na maioria dos casos, plataformas diferentes convivem lado a lado. E qual o nosso papel? Facilitar ao máximo a administração e gerenciamento deste ambiente.

Uma das frentes para ajudar neste ponto são os esforços que fazemos para garantir que sistemas operacionais Linux funcionem, em nossa plataforma de virtualização (Hyper-V) da maneira mais transparente possível. Como isto é feito?

Basicamente, via 2 frentes:

  1. Garantir que tecnicamente algumas funcionalidades, disponíveis na plataforma Windows, estejam disponíveis via Linux. Nós temos o que chamamos de Integration Components (ou IC’s), que aplica em uma VM um código que habilita algumas funções especiais, tais como time sync, enlightments, shutdown remoto, etc, que faz com que uma VM Linux tenha comportamento muito parecido à uma VM Windows na plataforma Hyper-V. A propósito, a Microsoft liberou o código destes ICs via GPL v2 para que a comunidade OSS pudesse alterar esse código e portar para outras distros ou SOs. (released). Como parte destes esforços por exemplo, um membro da comunidade OSS criou um IC para a distro Debian (released)
  2. Garantir, via acordos comerciais, que as distros sejam realmente suportadas na plataforma Hyper-V. Veja, há uma clara diferença entre suportar e funcionar. Para a Microsoft, para nós, o que queremos é suporte. Isto significa que uma distro suportada poderá se valer de suporte unificado e conjunto. Exemplo: imagine que você tem uma VM RedHat 5.3 rodando em Hyper-v. Se você tiver um problema nesta VM, em uma aplicação como o JBoss, nem a MS nem a Redhat lhe pedirão para reproduzir o problema em ambiente físico ou negarão o suporte por estar em Hyper-v. Isto para ambientes críticos é essencial; deste modo, MS e Redhat atenderão a esse chamado, se necessário, a quatro mãos.

Significa isto que distribuições não-suportadas não funcionam em Hyper-v? De modo algum. Temos vários clientes que rodam Debian, Ubuntu, etc, em Hyper-V. Não há o suporte oficial (como explicado no item 2), mas muitas vezes, pela própria natureza da distro, já não há suporte comercial.

E quais as distros suportadas oficialmente? Informação oficial: https://www.microsoft.com/windowsserver2008/en/us/hyperv-supported-guest-os.aspx

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Adicionalmente, no mês passado, durante o Teched US 2011, a Microsoft expandiu o suporte também para o CentOS (https://blogs.technet.com/b/openness/archive/2011/05/15/expanding-interoperability-to-community-linux.aspx)

Mas Danilo, CentOS não é uma distro comercial. Exato. E neste caso, nosso suporte significa que nós vamos desenvolver & suportar os IC’s para CentOS e suportar também (via chamado) problemas de ínstalação & setup. Tudo para garantir mais tranquilidade aos clientes.

Somente isto é suficiente? Pode ser que não e nosso compromisso é continuar estudando o mercado (e o Brasil faz parte disto) para entender que outros cenários ou até mesmo distros merecem atenção especial!

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