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Enterprise Architecture: uma visão sobre frameworks de arquitetura

Olá pessoal, tudo certo?

Ainda estou parcialmente conectado, mas dá tempo para um post rápido sobre Enterprise Architecture.

Bom, imagine que você é um arquiteto e precisa construir um prédio de alto padrão, com linhas arrojadas, estrutura interna nunca implementada, com o uso de materiais inovadores e em terreno com desafios logísticos e de fundação. Algo como:

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Para esse tipo de arquitetura, ferramentas, técnicas e disciplinas bem estruturadas são componentes obrigatórios para o sucesso do projeto, concorda?

Agora, para projetos mais simples, templates e patterns mais simples podem ser suficientes, como:

image :)

O mesmo acontece no mundo de TI, para nossas arquiteturas de soluções, de infraestrutura e corporativas.

Assim, vale uma definição sobre Arquitetura de TI:

  • Segundo o IASA – International Association of Software Architects – Arquitetura é a Arte ou Ciência de desenhar e implementar estratégias de tecnologia de valor. Nesse contexto, o Arquiteto de TI é um estrategista na organização, sendo responsável pela tradução entre os objetivos de negócio e a tecnologia que suporta as necessidades de negócio da empresa.

Existem muitas habilidades que um arquiteto de TI precisa ter para garantir um bom alinhamento entre as várias áreas envolvidas na empresa e os passos que serão executados para a implantação de uma arquitetura corporativa. Conhecimento de negócio, visão sobre o impacto financeiro, análise sobre ROI e retorno de investimento, roadmap de produtos e tecnologias, gerenciamento de pessoas, conflitos, etc, são apenas algumas dessas habilidades desejadas para um arquiteto.

Além dessas várias habilidades e competências, dispor de um bom conjunto de ferramentas e técnicas é fator decisivo para uma atuação mais profissional. Como exemplos de ferramentas podemos citar os frameworks de arquitetura.

Um framework de arquitetura oferece um conjunto bem definido de fases, atividades, documentos, templates, recomendações e métricas para a execução de uma arquitetura.

Dois exemplos clássico de ferramentas são o TOGAF e o ZACHMAN.

O ZACHMAN é mais uma taxonomia, oferecendo um mapa de visões e componentes mapeados de uma organização, importantes para a construção de uma arquitetura. A figura principal do ZACHMAN aparece abaixo, com seus principais componentes:

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O TOGAF – The Open Group Architecture Framework – é um framework no sentido mais completo, oferecendo uma estrutura bem definida de fases e processos de execução para a construção de uma arquitetura corporativa. Para isso, o TOGAF define o chamado ADM – Architecture Development Method, que define entradas e saídas para cada fase prevista no processo de construção de uma arquitetura.

A figura abaixo apresenta a estrutura principal do ADM:

image 

Na figura acima, o ADM do TAGAF aparece, com suas várias fases e etapas que podem ser executadas de forma cíclica, com várias interações ao longo do processo.

TOGAF e ZACHMAN são ferramentas importantes que precisam ser conhecidas pelo arquiteto, permitindo uma execução mais profissional das atividades em arquitetura corporativa.

Um artigo que apresenta uma boa comparação sobre os principais frameworks de arquitetura você encontra abaixo, confira:

Uma comparação entre as quatro principais metodologias de arquitetura corporativa
Ref.: https://msdn.microsoft.com/pt-br/library/bb466232.aspx

Ainda existem outros frameworks de arquitetura, como DODAF, MODAF, FEA, AGATE, etc. Além dos frameworks de arquitetura, disciplinas e métodos de governança como ITIL, DSDM, COBIT, etc. também são importantes para uma coordenação clara de atividades e papéis envolvidos com a arquitetura corporativa nas organizações.

Vale pesquisar mais sobre o assunto.

Por enquanto é só! Até o próximo post :)

Waldemir.

Comments

  • Anonymous
    July 27, 2010
    Muito legal você falar sobre esse assunto. Estudo esses frameworks e tenho curiosidade em ver uma implementação REAL de algum deles em uma empresa brasileira. Percebo que em relação ao TOGAF a parte mais expressiva e que todos priorizam é o processo ADM para definição de uma arquitetura empresarial. A minha empresa seguiu parte deste processo em um projeto de arquitetura e conseguimos definir: governança, arquitetura de referência e plano de implantação.  Existe no TOGAF uma parte pouco comentada mas que parece gerar um grande valor para a arquitetura: o Entreprise Continuum. O OpenGroup define como um repositório para modelos, padrões, processos, serviços dentre outros artefatos da arquitetura. Eu gostaria muito de entender como esse repositório pode ser implementado. Seria uma organização com taxonomia semelhante a matriz Zachman? Tenho outras dúvidas e adoraria conversar com outras pessoas sobre o assunto. Um abraço!

  • Anonymous
    July 27, 2010
    Olá Anderson, tudo certo? Obrigado pelo email. Sem dúvida, Enterprise Architecture é um tema muito importante e tenho estudado mais esses últimos meses. Condordo com vocês, o Enterprise Continuum é muito importante e acontece em todo o ADM. Para quem não sabe, o Enterprise Continuum é um mecanismo de classificação muito prático sobre os artefatos de solução e arquitetura, sejam internos ou externos, ao longo de um projeto. De fato, o TOGAF classifica esses componentes entre genéricos (ou fundamentais) até específicos da organização. São 4 as principais partes de um Architecture Continuum:

  • Foundation Archictectures
  • Common System Architectures
  • Industry Architectures
  • Organization Architectures Como no post acima citamos o ADM, vale notar que todas as fases do ADM suportam o Enterprise Continuum, isto é, em todas as fases temos uma evolução sobre os componentes de reuso e principais artefatos da arquitetura, conforme vão sendo criados e identifidados. Vamos continuar falando sobre EA e como a plataforma de aplicação e as decisões de tecnologia estão envolvidas nesse processo. Um abraço! Waldemir.