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Computação em nuvem e as ondas de inovação

Olá pessoal, tudo certo?

image Esses últimos meses têm sido muito corridos para mim e muitos de vocês, com certeza.

Entre os desafios do dia-a-dia, subidas para produção em finais de semana, consolidação de infraestruturas, reuniões de projetos, tratamento de backlogs de sistemas, reuniões com usuários de negócio para a coleta de novas funcionalidades, etc.

Para completar, uma onda de novidades tem sido apresentada, inundando nossas mentes com idéias e expectativas.

Mas o fato é que de tempos em tempos vivemos essas ondas de inovação ou pequenas “revoluções” que desafiam nossa realidade. Veja alguns exemplos:

  • Surgimento dos Minicomputadores
  • Sistema Operacional UNIX e “Sistema Abertos”
  • Sistema Operacional DOS, Windows e o surgimento da “Computação Pessoal””
  • Surgimento dos Monitores Transacionais (Transaction Processing)
  • Surgimento do Banco de Dados Relacional
  • Surgimento da Computação Cliente/Servidor
  • Surgimento dos Laptops
  • Nascimento dos Dispositivos móveis, Palm, PDA’s
  • Surgimento dos Celulares e Smartphones
  • Aplicações Web e a própria Internet
  • e mais recentemente… Utility Computing e a Computação em Nuvem (Cloud Computing)

Claro, alguns leitores podem dizer que não se lembram de todas essas batalhas entre “mundo real” e “visão de futuro”, mas acredite, aconteceram muitas vezes ao longo desses últimos 20/30 anos. Outras pequenas batalhas também aconteceram, a lista acima é apenas parcial.

E como toda onda de inovação, um ciclo de vida é percorrida, que passa por momentos de novidade, descoberta tecnológica, pico de expectativa (o chamado “hipe”), desilusão, recuperação e finalmente, a produtividade obtida com a maturidade. Esse é bem o modelo usado pelo Gartner em diversas análises de tecnologias, com o seguinte gráfico:

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Nesse contexto, “Cloud Computing” ou “Computação em Nuvem” é a onda do momento, com seus benefícios, riscos e impacto para aplicações e modelos de negócio.

Costumo dizer que “uma janela de oportunidades se abre para empresas, fornecedores de software e usuários”. Na mesma linha, gostaria de adicionar mais um conceito: o que veremos nos próximos meses é um aumento na discussão sobre o consumo de serviços.

Iremos nos referir a “NUVEM” (the Cloud) da mesma forma como nos referimos a “NET” (the Internet).

Esse impacto deve criar também alguns papéis novos no mercado:

  • Teremos as empresas fornecedoras de cloud, que devem prover os recursos de hardware e infraestrutura na forma de datacenters e funcionalidades de software para suportar a cloud. Microsoft é um exemplo, com sua malha de datacenters e recursos de sua plataforma Windows Azure.

  • Teremos também empresas que irão construir serviços sobre a nuvem (os chamados “brokers da nuvem”), combinando funcionalidades de diferentes provedores ou os recursos de uma plataforma escolhida, para a construção de ofertas de serviços com alta escalabilidade, disponibilidade e elasticidade para seus clientes. A Microsoft é novamente um exemplo para algumas ofertas de serviços, como o BPOS – Business Productivity OnLine Suite , mas outras empresas já estão aproveitando a plataforma Azure para a construção de ofertas SAAS – Software as a Services, por exemplo, oferecendo os benefícios da computação elástica para seus clientes.

  • Finalmente, teremos as empresas clientes, cada vez mais consumidoras de serviços de forma intensa e transparente. Esses consumidores irão combinar serviços de diferentes brokers da nuvem com serviços e aplicações on-premise (locais), aproveitando os investimentos realizados em sua própria infraestrutura.

Esse exemplo de combinação já aparece em diversos projetos pelo mundo que a Microsoft tem apoiado, integrando infraestrutura local com a nuvem. É o caso do projeto Kelley Blue Book, colocado como evidência no portal do Azure, veja:

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Ref.: https://www.microsoft.com/casestudies/Case_Study_Detail.aspx?CaseStudyID=4000005874

Um dos pontos interessantes do projeto é sua integração entre uma infraestrutura local com serviços de terceiros e serviços colocados sobre o Windows Azure. Um desenho geral sobre a arquitetura do projeto é dada abaixo, veja:

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Em resumo, On-Premise + Serviços de Terceiros + Cloud = TI Híbrida

O que vemos na equação acima não é apenas um potencial de inovação e agilidade para a construção de novos produtos e negócios nas empresas. É também um desafio para a integração entre ambientes, coordenação de desenvolvimentos, ALM integrado e Monitoração distribuída. Se por um lado estamos no “hipe” de “cloud computing”, por outro já começamos um bom mapeamento de desafios presentes com esse modelo.

Já existem diversas soluções para cada um desses desafios, como segurança federada ( CBA – Claim-based authentication ), sincronização entre dados locais e na nuvem (SSIS - SQL Server Integration Services), interfaces de serviços locais e na nuvem (WS-F PRP - WS-Federation Passive Requestor Profile), container de serviços locais e na nuvem ( Microsoft Windows Azure platform AppFabric ), barramentos de serviços, repositórios, cockpits de monitoração integrada ( Management API ), etc.

Talvez mais rápido do que imaginamos, estaremos diante de uma nova realidade em nosso dia-a-dia e o platô da produtividade esteja presente muito em breve também para cloud computing. E com certeza, novas ondas virão…  :)  Enjoy the ride!!!

Por enquanto é só! Bom final de semana e até o próximo post :)

Waldemir.

Comments

  • Anonymous
    April 16, 2010
    Waldemir, Fiquei um pouco confuso lendo seu texto acima no que se refere a cloud brokers... Como BPOS e SaaS foram mencionados no mesmo parágrafo, fiquei com a impressão que você os classifica como serviços de cloud brokers. Esta minha impressão está errada, certo? Abraços

  • Anonymous
    April 17, 2010
    Olá Otávio, Boa pergunta! Considero os serviços da suite BPOS como exemplos de soluções SaaS, com características de multi-inquilino, com alta escalabilidade, alto volume, disponível pela internet e com configuração dinâmica. Um exemplo é o Microsoft Dynamics CRM Online, uma solução SaaS clássica que é parte do BPOS. Assim, podemos dizer que a Microsoft oferece uma oferta fim-a-fim sobre a cloud, seja sobre sua infraestrutura, sua plataforma ou seus serviços. Por isso, vejo a Microsoft como uma das empresas que oferecem serviços para clientes também como um broker de serviços. Essa é uma perspectiva para o cliente final, que irá contratar os serviços da Microsoft, por exemplo, os serviços do BPOS. Em outra perspectiva, novas empresas poderão contratar a plataforma Azure para a construção de suas próprias soluções de serviços, oferecendo novas ofertas para clientes finais. Nesse caso, recursos como Azure Computing, Azure Storage, SQL Azure, Azure AppFabric e outros, serão os blocos de plataforma que serão usados pelos novos brokers. E poderemos pensar em brokers de cloud independentes, que farão uso de diferentes provedores de nuvem, combinando recursos do Azure, Google, Amazon, etc, conforme sua própria solução. Seja para o cliente final com sua infraestrutura on-premise, para brokers de serviços ou fornecedores sobre a nuvem, a plataforma Azure é bem completa. :) Abraço! Waldemir.

  • Anonymous
    April 23, 2010
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  • Anonymous
    May 11, 2010
    Olá Waldemir, Aproveitando o gancho, como você classificaria o Google Enterprise? Aproveitando mais ainda, existe algum doc público comparando o Microsoft BPOS com o Google Enterprise? abs, Marcus Garcia

  • Anonymous
    May 11, 2010
    Olá Marcus, tudo certo? Assim como o BPOS, o Google Enterprise também é um exemplo de oferta SaaS - Software as a Service - da Google, que oferece um grupo de aplicações para empresas, como Google Apps, serviços para Email (incluindo complementos para Microsoft Exchange), serviços de localização e search corporativo. Ainda não vi um artigo fazendo a comparação entre BPOS e Google Apps, mas poderia ser pensada em relação aos recursos de cada conjunto de serviços, como:

  • facilidade de integração on-premise com a nuvem
  • sincronização de mensagems
  • conferências web
  • gerenciamento de contatos
  • higiene de mensagens
  • compartilhamento de recursos com a infraestrutura on-premise
  • gerenciamento de documentos
  • recursos de agenda e calendários
  • navegabilidade
  • experiência do usuários, entre outros. Um abraço! Waldemir.