Viabilizando Sistemas Dinâmicos com o System Center - Parte II
Dando sequência a essa série, iremos abordar hoje (de modo enfático) Modelos de Maturidade.
A estratégia DSI traz em sua documentação 4 níveis de modelo de maturidade para otimização de infra-estrutura. Esse modelo tem como base o modelo de maturidade do Gartner e de Arquitetura do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Esse modelo tem como principal objetivo mensurar e posicionar elementos básicos dos sistemas de informação como custos, riscos de segurança e agilidade operacional/gerencial, partindo de um ambiente não gerenciável evoluindo até um ambiente dinâmico, onde TI é visto como ativo estratégico.
Básico: O nível básico cobra uma infra-estrutura onde a maioria das ações são manuais e o conhecimento dos ativos é bem limitado, ou seja, as pessoas que coordenam TI nem ao menos sabem o que tem, e tarefas como deployment de desktops ou patches é manual. O comportamento é totalmente reativo. Estudos apontam que 10% das empresas se encontram nesse nível de maturidade.
Padronizado: Nesse nível as empresas já sabem o que tem, e partindo desse ponto começam a implementar algum tipo de automação de processos e captura de conhecimento. Ainda não há processos de gestão mudanças bem definidos e os processos de gestão de incidentes e problemas ainda estão bem no início, mas já uma cultura de serviços pronta para evoluir. Acredita-se que 70% das empresas estão no nível Padronizado.
Racionalizado: TI pró-ativa! Empresas que já tem os processos de MOF/ITIL bem estáveis se encontram nesse estágio. A infra é totalmente gerenciada e com extensiva automação. Tem um comportamento previsível e é totalmente gerenciável. Nesse estágio a empresa enxerga TI como um gerador de negócios, e acredita-se que 20% das empresas se encontram nesse nível de maturidade.
Dinâmico: TI é um ativo estratégico! Automoção e gerenciamento de ativos plenos, além de SLAs entre as áreas de negócio. A operação é ágil (devido a implementação de virtualização) e já há bem consolidada uma cultura de otimização de custos e qualidade. É nesse estágio que TI é orientado ao negócio e é visto como ativo estratégico. Acredita-se que menos de 1% das empresas tem TI nesse estágio.
E o qual é o impacto quando uma empresa evolui de estágio? Sabemos que é bom e melhor, mas bom quanto ($)?
Como toda área de negócios, precisamos provar com números que evoluir vale a pena. Um estudo do Gartner (com números) baseados em um ferramenta de decisão para gerenciamento de custos (DECM) o quanto uma empresa ganha evoluindo os estágios.
Os dados que iremos ver a seguir se referem-se ao custo de manutença de pc/ano em empresas americanas.
Reparem que o estudo contempla os três primeiros níveis de maturidade (Básico / Padronizado /Racionalizado), onde numa eventual evolução de um estágio Básico para Padronizado, uma empresa reduziria seu custo de manutenção PC/ano de US$ 774 para US$ 542, uma economia de 30% em média, e de um Padronizado para Racionalizado mais 52%!!!
É importante ressaltar que numa eventual evolução de Racionalizado para Dinâmico, ao contrário do que sugere uma curva de tendência, o custo, na maioria das vezes, tente a crescer 5%. Isso porque, nesse cenário, entende-se que as empresas estão dispostas a sacrificar custos (diretos) para um melhor nível de serviço e sistemas, proporcionando uma maior agilidade de negócios - o que irá representar economia indireta.
Para a próxima parte iremos mapear os processos MOF/ITIL em relação aos níveis de maturidade.
Um abraço,
Rodrigo Dias