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O MIX dando no que pensar

Aqui na Microsoft tivemos uma semana cheia de anúncios devido ao MIX.

Para quem não acompanhou, vale uma repassada:

  • Windows Phone 7 e a promessa de uma experiência de programação unificada com outras plataformas (PC, XBOX, Servers e Azure) através do Silverlight e XNA – este último para jogos. O WP7 vai também ter seu Marketplace para quem quiser vender seus aplicativos para o mundo – uma bela oportunidade.
  • Silverlight 4 com um framework para LOB, denominado de WCF RIA Services, e uma promessa de acesso a webcam e microfone, drag-and-drop e cut-and-paste com objetos do Sistema Operacional, impressão, multitouch, suporte para funcionamento fora do browser, DRM, multicast, WCF Data Services, OData (com direito a SDK para várias plataformas), chamadas remotas com paginação, queries remotas com Linq (Query Projections), etc.
  • SQL Azure com a promessa de aumento da capacidade do banco para 50G, uso de MARS e dados e queries geoespaciais..
  • ASP.NET MVC 2, com novos validadores, Helpers de HTML fortemente tipados, controladores assíncronos, etc.

Boa parte do evento já está on-line para ser visto no site https://live.visitmix.com/Videos. Os SDKs estão disponíveis e, confesso, foi uma emoção fazer meu primeiro HelloWorld em Silverlight e fazê-lo funcionar no emulador do Windows Phone 7.

Como arquitetos, temos que entender as tendências e vale ficar alerta para o que está vindo. Sendo assim, o MIX é imperdível.

Porém, as duas apresentações que assisti e que me fizeram bater mais o coração não falavam destas tecnologias.

A primeira foi a do James Hamilton, ex Microsoft e que hoje toca os Datacenters da Amazon. Sua apresentação “Cloud Computing Economies of Scale” mostra a grandiosidade de um datacenter e aonde vão seus custos. Ela também nos deixa a pensar se haverá futuro para o Private Cloud, já que a economia de escala verdadeira só se dá numa escala grandiosa.

A segunda é do Bill Buxton e fala sobre o papel do designer e sua participação num projeto. Seu exemplo parte da participação de arquitetos na construção da biblioteca de Seattle. Neste caso, o arquiteto participou desde a proposta até depois da construção, onde usuários já começavam a habitar o prédio. Como o designer concebe e dirige um projeto de “vivência”, e como não se pode viver de fato algo que não está completo, é fundamental sua participação do início ao fim - da visão à operação.

Tendo o design como fundamento, ele não pode acreditar em metodologias ágeis acéfalas. Sei que esta é uma discussão “quente” para o pessoal do Agile, mas que não podemos esconder.

A posição do designer em um projeto é, para mim, análoga à do arquiteto. Se o arquiteto é o dono da concepção e coerência de um projeto de TI, nossa preocupação é a mesma do Bill Buxton - e como ser ágil sem perder a visão do todo no tempo é uma questão de extrema relevância.

Vale a reflexão.

Abraços