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Arquitetura do “Puxadinho”

Reclamaram para mim que muitos sistemas não têm arquitetura nem estilo e são construídos como casas em favelas.

Ao longo do tempo, mesmo arquiteturas como a do nosso congresso vão ganhando adendos – e nem sempre conseguimos escondê-los com túneis subterrâneos como acontece em Brasília. Nas nossas casas chamamos isto de “puxadinho”.

Existe um paradoxo aqui: se fizermos uma arquitetura com excesso de previsão de mudanças, tornamos o sistema complexo e, portanto, de alto custo de manutenção. Se não fizermos um mínimo de previsão, puxadinhos aparecem de forma veloz e também teremos alto custo de manutenção.

A reposta do movimento agile tem sido o refactoring freqüente. O custo de um refactoring seria menor do que o do excesso de engenharia.

Outra tentativa de defesa é a SOA. Se pudermos unir nossos blocos através de interfaces, talvez possamos mudar o layout com facilidade (uma imagem aqui: a do rack de uma aparelhagem de som que pode crescer através de um embarramento comum; a eletrônica sempre a um passo da engenharia de software!)