Alguma coisa fora da nova ordem mundial
Participei nesta terça do julgamento para a categoria Projeto de Software para o ImagineCup. Para minha surpresa, foram oito soluções exemplares de Software + Serviços (S+S).
Celulares tirando fotos, enviando mensagens ou gravando voz para enviar denúncias de desmatamento ou pedidos de coleta de lixo.
Controle de energia à distância, seja a energia da sua casa ou a do seu computador, controlado através do browser ou celular.
Aparelhos novos, com GPS, foto, medidor de temperatura e acidez. Seu uso? Bem, um professor entra no seu Word e cria com ajuda do seu ribbon um trabalho (ou jogo) para seus alunos coletarem dados na rua. Do editor ele clica um botão e lá está o trabalho no site para que os alunos possam dar início à sua coleta e trabalho.
As soluções fluíam com naturalidade orquestrando as atividades entre dispositivos e rede. Mash-ups, conceitos de Web 2.0, tudo presente e apresentado de forma consistente e simples.
Enquanto isto, neste sábado, num jornal da televisão a reportagem avisava que “a memória e o processamento estará todo na rede” ao mesmo tempo em que mostrava processadores menores e mais possantes e interfaces com o usuário novas.
Algo estranho: tanto poder de computação e necessidade de interação nas mãos e os datacenters são anunciados como o centro de tudo...
Será que precisamos de uma noção de centro? O datacenter não é apenas mais uma peça nesta rede que une pessoas e dispositivos?
À tempo: a solução vencedora era também um primor no design da interface gráfica, mostrando toda a força do RIA (Rich Internet Application) e de uma boa workstation.