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A nova geração Y

Nos EUA estão chamando de geração Y a primeira geração a viver o mundo conectado. Hoje eles/elas têm de 8 a 25 anos e são cerca de 26% da população americana. Tirei estes dados deste artigo.

Sempre que encontro professores universitários faço a mesma pergunta: que tal esta nova geração? Bons alunos chegando?

Infelizmente a média da resposta tem sido pessimista. Reclamam da baixa qualidade, falta de atenção, etc. Fico sempre inseguro sem saber se isto é um eventual saudosismo dos professores ou realidade.

Cerca de duas semanas atrás encontrei uma amiga, professora da área de lingüística, e ela me deu uma visão diferente. Ela me disse que os alunos da graduação têm desempenho mais fraco que antigamente, mas muito mais por culpa do nosso ensino do que deles. Na visão dela, estes alunos têm uma forma de aprendizado já modelado pela interatividade e o hiperlink. Com isto, eles sentem dificuldade de consumir o material linear e pesado que a universidade lhes proporciona. No entanto, me contou ela, os que chegam à pós-graduação chegam em melhores condições do que os alunos do meu tempo (década de 80). Por que? Porque eles ganham o universo do hiperlink e a habilidade de lidar com toneladas de informações que já vem do berço e ainda adquirem, ao longo da graduação, o raciocínio clássico, formal e metodológico.

Ao final, o que ela me disse é que cabe a universidade mudar seu estilo para ser mais eficiente com eles. Livros diferentes, professores diferentes, etc. Não sei se ela está de toda certa, mas gosto e acredito nestes fundamentos.

E fico pensando como será programar ou desenhar arquiteturas para esta nova geração. Como os professores da universidade, vejo os profissionais mais experientes de hoje reclamarem que os novos não lêem mais os manuais e dão pouco valor aos fundamentos. Resquícios deste mesmo problema?

Fico imaginando também como será projetar software no futuro com este novo estilo interativo que está chegando. Novos métodos? Novas ferramentas?

Dêem uma olhada neste vídeo desta ferramenta para prototipação. Não seria esta uma linha mais adequada tanto para a geração Y quanto para as demais?

 

PS.: É um prazer ver o Somasegar copiando aqui o estilo dos blogs do Waldemir Cambiucci :-)

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