Software Livre no parlamento
Foi ontem discutido na Assembleia da Republica o projecto de resolução 227/X/2 - Software Livre no Parlamento. O projecto de resolução (não é um projecto de lei) foi aprovado por unanimidade.
Mas o mais importante é que foi aprovado por unanimidade devido a alterações profundas ao projecto inicial. Todas as clausulas de exclusividade em relação à obrigatoriedade de utilização de software livre foram retiradas.
Qual não é o meu espanto quando a ANSOL emite um comunicado de imprensa onde, pela minha interpretação do mesmo, parece que foi uma vitória do software livre quando no fundo as principais clausulas relativas ao software livre foram retiradas.
As instituições públicas e também as organizações privadas são totalmente livres de adoptar as melhores soluções para a sua gestão e foi exactamente isso que ficou reforçado nas alterações efectuadas, na discussão e nas conclusões finais do debate de ontem.
Fiquei igualmente surpreendido sobre a utilização do argumento sobre a disponibilização de documentos em formato word que é feito pela Assemblei da Republica. Ora bem, qualquer utilizador pode aceder à informação disponibilizada independemente do software ou plataforma que possui.
Vejamos os seguintes cenários:
Computador com Microsoft Windows e com Microsoft Office (grande maioria dos utilizadores):
Basta descarregar o ficheiro e abri-lo!
Computador com Microsoft Windows e sem Microsoft Office:
Descarregar e instalar o Word Viewer em https://www.microsoft.com/downloads/details.aspx?familyid=95e24c87-8732-48d5-8689-ab826e7b8fdf&displaylang=en
Executar o processo semelhante ao caso de cima.
Computador sem Windows e sem Office:
Existem aplicações disponíveis gratuitamente com capacidade para leitura de documentos Word e que funcionam tanto em Mac como em Linux:
OpenOffice
NeoOffice
Descarregar, instalar e abrir o ficheiro.
Em suma, o resultado da votação de ontem veio reforçar aquilo que sempre defendi e que a Microsoft também defende: "Open Choice" - liberdade de escolha.
Comments
Anonymous
January 01, 2003
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January 01, 2003
Victor e Marcos, Pedia-vos para partilharem a vossa opinião sem qualquer tipo de ofensa pessoal. Estamos a partilhar opiniões, somente! Marcos, "O criticado é o facto de não estar aberta a hipótese, a liberdade de escolha e o estudo dos custos e benefícios que isso iria trazer." Mas não acha que esta avaliação é feita, independentemente de qualquer projecto resolução. Eu acho que é feita!Anonymous
January 01, 2003
Caro Diogo Santos, Este é um espaço de livre discussão e por isso não é necessário entrar pelo caminho da ofensa pessoal. As diferentes ideias e perspectivas têm de ser respeitadas! Ouve alguns comentários que fez que me chamaram realmente à atenção. Do meu ponto de vista, a definição de formato aberto que foi aprovado no documento final é aquele que pode ser consultado por todo e qualquer cidadão. “O objectivo do PCP não sei qual era (eles é que propuseram a resolução, sem qualquer intervenção da ANSOL).” Se o Diogo Santos diz é porque é verdade… Por falar nisso, o Diogo Santos é membro da ANSOL, certo?Anonymous
January 01, 2003
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January 01, 2003
Caro Mário ou Manuel Teixeira, De facto tenho uma perspectiva diferente! As pessoas que estão à frente dos organismos públicos e também empresas privadas é que conhecem as suas "casas" e conhecem bem melhor que nós as suas necessidades. Dai que não concordo com a sua opinião da escolha ser falaciosa. Como sabe trabalho na Microsoft e estive envolvido pessoalmente em 3 pontos dos Memorando de Entendimento. Não percebo em que ponto deste Memorando ou mesmo da sua assinatura é que foi danoso para o país. Não houve compromisso financeiro de nenhumas partes e os projectos incluídos já estavam a ser trabalhados à muito tempo. Apesar de concordar com "O facto de ser Software Livre/Aberto (...) aumenta a concorrência e torna-a mais saudável[5], melhora a qualidade dos produtos e serviços associados prestados pelos competidores no fornecimento de soluções[6]" acho que não faz qualquer sentido um certo tipo de software seja imposto por uma lei. Imagine o cenário contrário, imagine que havia uma lei que dizia que, num determinado estado, só se utilizava software proprietário por exemplo. Não fazia sentido, certo? O facto de não haver uma lei destes tipos faz com que "(...)aumenta a concorrência e torna-a mais saudável[5], melhora a qualidade dos produtos e serviços associados prestados pelos competidores no fornecimento de soluções[6]". Faço minhas, as suas palavras! O software livre não é a solução para os problemas financeiros do estado! A questão não é essa! Se o software livre ou não livre ajudar a reduzir tempos de espera, aumentar o tempo de resposta ao cidadão, reduzir a burocracia, aligeirar processos entre outros eu duvido que qualquer estado esteja disposto a pagar essas mesmas licenças, em trocas desses benefícios.Anonymous
January 01, 2003
Marcos, Quando eu me referi aos custos de implementação de qualquer solução refiro-me a instalação, configuração, gestão das máquinas e suporte/resolução de problemas.Anonymous
January 01, 2003
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January 01, 2003
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January 01, 2003
Caro Marcos Torres ou Mind Booster Noori, Tive oportunidade de ver o debate no dia e depois revê-lo no link que enviou! Eu não me estava a referir ao debate ou ao projecto de resolução, estava-me a referir à generalidade das situações onde se avalia uma solução. Não é necessário um projecto de resolução para que as entidades avaliem outras soluções (sejam em software livre ou outro). Elas já o fazem e depois decidem baseado num conjunto de critérios.Anonymous
January 01, 2003
Caro Manuel, Obrigado pelo seu comentário. Concordo com a sua análise.Anonymous
January 01, 2003
Ok, já percebi! Eu pensei que estava a falar sobre o projecto de resolução… As justificações foram apresentadas, no inicio da última reunião da Comissão Técnica, pela entidade responsável, o Instituto de Informática (ONS).Anonymous
January 01, 2003
Caro Manuel Teixeira, Houve outra vitórias do Software Livre nesta resolução? Que eu saiba, qualquer organismo antes de escolher uma solução, faz sempre uma consulta ao mercado das mais diferentes ofertas que existem, de diferentes fornecedores e escolhe aquela que é mais indicada. Com as alterações que foram introduzidas ao projecto inicial (ver o comentário final do deputado Afonso Candal) esta consulta ao mercado mantém-se sem qualquer favorecimento seja de que tipo de software. Escolha por mérito e não escolha por decreto-lei. Parece-me totalmente correcto!Anonymous
January 01, 2003
Olá João, Obrigado pelo teu comentário. O meu comentério relativamente ao projecto de resolução em causa foi baseado em dois factores:
- O projecto de resolução aquando da sua publicação inical, se não estou em erro em Julho
- A apresentação do deputado Bruno Dias, no evento da APDSI O projecto de resolução inicial continha um ponto (o 3º) onde a minha interpretação foi clara. Utilização exclusiva de software livre. Por favor, diz-me se estou enganado! O que estava em questão em relação ao "formato word" (utilizei esta forma para que todos percebam) é que todos os cidadãos pudessem aceder ao conteúdo que o parlamento publica nesse formato. O que eu tentei provar é que isso é possível (seja em Linux/Mac/Windows) independentemente de qual é o formato que se utiliza e se ele é aberto ou não!
Anonymous
January 01, 2003
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January 01, 2003
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January 01, 2003
Não, não! Como disse estava a referir-me ao II! Em relação ao comentário da CM de Cascais, olhe que acho que está enganado...Anonymous
January 01, 2003
Caro Manuel, Já estava a estranhar a sua ausência! Eu quando me referi aos custos não estava a falar do processo mas sim da sua implementação.Anonymous
October 05, 2007
[Nota: para quem não saiba, sou o presidente da direcção da ANSOL] Olá Marcos, O projecto original já não era sobre implementação de software livre no parlamento, independentemente do que o título da iniciativa dizia. E sim, as decisões tomadas no parlamento foram uma melhoria da situação. Em relação à questão do "formato word" podes dizer-me o que é isso? Eu sabia na década de 80, quando a Microsoft publicava as específicações. Hoje em dia as implementações não Microsoft são feitas feitas tentando adivinhar o que o formato faz, com diferenças suficientes de implementações para haver queixas de utilizadores. As referências a Word95, Word97/2002 e outros indicam formatos diferentes que estás agora a agrupar em "formato word". E nenhum deles documentado. Mas tu sabes isso melhor do que a maior parte de nós, uma vez que esse foi uma dos principais argumentos da Microsoft para a implementação da OOXML. De qualquer maneira, o que nós gostaríamos que tivesse ficado resolvido (o passo seguinte) seria a capacidade de os deputados serem capazes de ler e escrever ficheiros editáveis em normas abertas. Havemos de chegar lá. Ainda me lembro do tempo em que nem estes resultados seriam politicamente possíveis. Cumprimentos, João Miguel NevesAnonymous
October 05, 2007
Marco poderias indicar-me quais eram «as clausulas de exclusividade em relação à obrigatoriedade de utilização de software livre»? Eu nunca li isso no texto da proposta de resolução do PCP. Por isso estou abismado com essa tua afirmação (que também foi feita por alguns deputados). Li clausulas sobre:a instalação em paralelo de Software Livre (ter software instalado não é ser obrigado a utiliza-lo, principalmente quando é em paralelo com outro);
a criação de um estudo de migração para a maior quantidade possível de Software Livre (o que não é necessariamente todo). Mas criar e avaliar um plano de migração, também não é executar esse plano.
a obrigação de debater a opção de utilizar apenas Software Livre. Debater uma opção, também não é obrigar a utilizar. Eu acho normal que a ANSOL tenha considerado uma vitória. Eu acho que foi uma vitória moderada. Os deputados passaram a poder ter mais escolha (embora limitada pelo formato interno oficial da AR) e os cidadãos passam a poder aceder de forma muito mais livre aos documentos publicados pela AR. Não é certamente uma vitória estrondosa, mas é uma vitória. Não nos esqueçamos que vivemos numa democracia, e que dificilmente algo que seja aprovado na AR pode ser exactamente o que nós queremos. Temos que estar sempre preparados para que as propostas que apoiamos sejam alteradas pelos que não concordam com ela. O problema é a falta de qualidade da argumentação dos que discordaram desta iniciativa do PCP. Mas essa já é outra "guerra". E temos que re-pensar a estratégia, para que isso não volte a acontecer.
Anonymous
October 05, 2007
O problema do formato word existe. Porque não sendo a sua especificação publica, de livre acesso e de livre implementação, não podes garantir que qualquer outra implementação esteja correcta, e que por tanto o conteúdos apareça correctamente, ou mesmo que apareça na sua totalidade. Tudo menos que essa garantia é inaceitável quando se trata de documentos com a importância dos documentos em causa. Aliás já cheguei ao ponto de encontrar diferenças entre documentos word escritos em m$ office para window$ e mac office. Sendo que são dois produtos do mesmo fabricante. Já agora a m$ não promove a escolha. Isso não é verdade!Anonymous
October 07, 2007
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October 07, 2007
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October 07, 2007
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October 08, 2007
O João Neves e a ANSOL não perderam nada e também não ganharam. O estado (e por isso todos nós) é que ganhou um pouco mais de liberdade. Segundo os estatutos da ANSOL, a ANSOL promove a informática livre (não apenas o Software Livre, apesar de dar mais ênfase a este). E neste caso há mais liberdade para os cidadãos interagirem com a AR, e há mais liberdade para os deputados garantirem a soberania e satisfazerem melhor as suas necessidades. E isso embora não seja tanto como nós desejamos é melhor do que estava. Se alguém tivesse perdido alguma coisa seriam os que querem a limitação da liberdade de escolha, pois viram a liberdade de escolha ser aumentada.Anonymous
October 08, 2007
Ainda bem que alguém pensou em criar alternativas ao MS Office ou o autor deste artigo não teria hipótese de tão amavelmente nos informar que teríamos a hipótese de abrir os documentos naquele formato porque a empresa que ele defende não o faz. E o autor deste artigo também defende a liberdade de escolha cega, pois quem não conhece não vê a alternativa e quem não tem alternativa não pode escolher. Concordo plenamente consigo. A proposta não venceu. O que venceu mais uma vez foi o comudismo e o deixa andar. Liberdade de escolher uma plataforma fechada é retirar a liberdade a quem nos rodeia.Anonymous
October 10, 2007
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October 10, 2007
Em resposta ao Marco: A política que está por base da decisãoda m$ de criar e publicar, ou não, software para outra plataforma que não a deles, não tem nada a ver com a representatividade da plataforma no mercado! E posso demonstrar isso facilmente:A plataforma Unix é muito relevante no mercado de servidores e a m$, não publica software para Unix;
A m$ desistiu do ie para mac, com a desculpa de falta de acesso a APIs para o aqua, e no entanto tem o office para mac que certamente precisa das mesmas API; A m$ continua com o office para mac essêncialmente porque:
A Apple sempre teve algum poder de chegar aos media e parecia demasiado mal para a m$ retirar o office dessa plataforma;
O office é dos poucos produtos que são lucrativos para a m$ e por isso não pode colocar em risco a sua posição no mercado. Que era o que aconteceria caso o OpenOffice.org conseguisse o mercado dos sistemas da Apple; Só há concorrência real quando não há lock-in, e a m$ usa as suas API, formatos e protocolos proprietários para obter o tal lock-in. Ou queres negar que a plataforma da m$ é fechada por causa do lock-in? Em resposta ao Manuel Teixeira... Já te respondemos. Tens que ter mais atenção. Mas eu não me importo de repetir: Em primeiro lugar, uma resolução não é uma lei... E desconheço qualquer lei, ou mesmo resolução anteiror que obrigasse a AR a fazer o que foi aprovado com esta resolução. E olha que eu assisti a todos os debates na AR sobre o tema. Quanto aos formatos, ganhou-se o acesso aos documentos publicados pela AR. Estes documentos que a AR publica para o exterior, passam (ainda temos que ler a versão final para confirmar) a ter que ser publicados em formatos standard livres. Ora nada disto acontece, pois os documentos são actualmente publicados em formatos proprietários e não havia nada que obrigasse a publicar em standards livres. Ao contrário do que dizes, actualmente nem todos os documentos tornados públicos pela AR estão em formatos abertos, aliás eu nunca me deparei com nenhum. Podes por exemplo dizer qual destes[1] diplomas está em PDF? Ou num formato aberto? Ou num formato livre? Ou em algum standard? [1]http://www3.parlamento.pt/plc/Pesquisa_Diplomas_Aprovados.aspx
Anonymous
October 10, 2007
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October 10, 2007
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October 11, 2007
Em resposta ao Manuel Teixeira: Isso dos formatos abertos não ser, nem um formato livre, nem um formato aberto não é assim tão linear. Conheces alguma definição formal que seja amplamente aceite? Sabias que em documentos oficiais da Republica, Software Aberto tem a mesma definição que Software Livre? Se disseres que então temos aqui uma potencial confusão. Eu pessoalmente concordo contigo. Ainda bem que encontraste documentos em formatos que não os proprietários fechados. Mas alguns não chegam! Têm que estar todos, para poder haver igualdade entre os cidadãos em respeito razoável pela liberdade de escolha. Não concordas? O objectivo do PCP não sei qual era (eles é que propuseram a resolução, sem qualquer intervenção da ANSOL). No que toca à questão dos formatos, a proposta teve o apoio da ANSOL, não por querermos obter mais documentos em algum formato especifico, mas sim, porque queremos que todos os documentos estejam acessíveis a todos os cidadãos em condições razoáveis de igualdade, e acreditamos que a disponibilização dos ficheiros em formatos standard livres (mesmo que também o façam em paralelo com outros formatos) é a melhor forma de garantir aquilo que consideramos justo. Como disse, há uma melhoria (pelo menos no papel) e não podemos deixar de ficar contentes com isso. É pouco? Claro que é! Mas era realista esperarmos mais? Quanto ao disponibilizar diplomas aprovados em formatos editáveis, não posso concordar que não faça sentido disponibilizar nesses formatos. Por exemplo isso significaria não pode disponibilizar feeds em xml. Ou seja, há uma série de razões para disponibilizar em formatos editáveis e também em formatos não editáveis. No que toca às iniciativas parlamentares e todos os outros documentos internos cujo acesso não estivesse classificado (por exemplo por razões de segurança interna), eu acho que deveriam estar disponíveis em formatos standard livres. Não acho que o funcionamento da democracia deva ser estanque e opaco. E acho que a forma mais sustentável e que escala melhor de permitir o acesso e a participação (no que diz respeito aos meios técnicos para tal), é a utilização de formatos standard livres. E não estou a ver como é que alguém pode achar isto discutível. Se não vez o ganho, não é por seres estúpido, mas talvez por não estares a ver bem. Eu conheço bem a história do Pirro. Não acho que seja esse o caso. Porque não sinto que tenha perdido o que eu, a ANSOL, ou a sociedade tenhamos perdido o que quer que seja, a não ser, mais uma oportunidade de se fazer algumas coisas que não foram aceites, mas tenho a certeza que mais oportunidades surgiram e entretanto obteve-se mais alguma coisa, pouco, mas algo.Anonymous
October 12, 2007
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October 12, 2007
Caro Marcos, O Diogo Santos é o 1º Secretário da Mesa da Assembleia Geral da ANSOL, por isso deve saber do que fala em relação à intervenção da ANSOL no processo. Não é nenhum segredo a sua filiação. Está em http://ansol.org/contactoAnonymous
October 12, 2007
Já agora, Diogo. NORMA e STANDARD é sensivelmente o mesmo e têm definição legal e currentemente aceite, como nos outros casos (Aberto e Livre). http://en.wikipedia.org/wiki/Standard http://en.wikipedia.org/wiki/NormativeAnonymous
October 12, 2007
Caro Marcos, Eu percebi que o Diogo quis dizer que "eu não era estúpido mas sim que não estava a vêr bem". Eu é que disse que "devia ser estúpido". A frase está mal feita e dá azo a interpretações erróneas mas eu compreendi o sentido que o Diogo lhe quis dar. No harm done ;)Anonymous
October 12, 2007
Se puder emende-me os links em: http://blogs.technet.com/openchoice/archive/2007/10/05/software-livre-no-parlamento.aspx#2132579 http://blogs.technet.com/openchoice/archive/2007/10/05/software-livre-no-parlamento.aspx#2132580 http://blogs.technet.com/openchoice/archive/2007/10/05/software-livre-no-parlamento.aspx#2161010 Esqueço-me sempre e eles como estão não funcionam :) Agradecido.Anonymous
October 12, 2007
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October 13, 2007
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October 15, 2007
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October 15, 2007
"As pessoas que estão à frente dos organismos públicos e também empresas privadas é que conhecem as suas "casas" e conhecem bem melhor que nós as suas necessidades. Dai que não concordo com a sua opinião da escolha ser falaciosa." -- Marcos Se isto fosse assim tão límpido e puro como você apresenta a Microsoft nunca teria sido condenada pela Comissão Europeia por abuso de posição dominante. Eu sei como algumas "casas" escolhem as suas necessidades, começando logo pelo "dumping" de preços feito por certas empresas até outras coisas menos credíveis, mas nem vale muito a pena insistirmos nisso.Anonymous
October 15, 2007
E para finalizar mesmo com uma certa dose de humor. Há que não esquecer os custos escondidos, evidentemente[1]. [1] http://en.tiraecol.net/modules/comic/comic.php?content_id=265Anonymous
October 15, 2007
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October 15, 2007
"Sinceramente, desconheço a sua primeira afirmação." - Marcos Está lá no blog da concorrência ;)Anonymous
October 15, 2007
As alterações aprovadas implicam que os formatos do Office da Microsoft Corporation serão os únicos suportados por todos os deputados, visto que cada deputado que queira ter uma alternativa no seu terminal terá de, individualmente, pedir a sua instalação. "As justificações apresentadas e as razões explicadas pela entidade responsável." - Pode por favor indicar-me onde?Anonymous
October 16, 2007
"As alterações aprovadas implicam que os formatos do Office da Microsoft Corporation serão os únicos suportados por todos os deputados, visto que cada deputado que queira ter uma alternativa no seu terminal terá de, individualmente, pedir a sua instalação." - Marcos Marado O Marcos Marado esteve lá. Outros também. Pelo que tenho lido em todos ficou exactamente a mesma ideia. Não existir exclusividade, de jure[1], não quer dizer que não exista exclusividade, de facto[2]. Mas, seria bastante interessante que, daqui a uns meses se fizesse o levantamento:
- de quantos deputados pediram para mudar para Linux;
- a quantos isso tinha sido IMEDIATAMENTE facilitado e sem entraves de espécie alguma;
- quantos continuariam a usá-lo;
- dos porquês de o terem deixado de usar. Seria bem interessante, não acha? Mas isso é uma completa miragem já que não vai acontecer. Em Portugal nunca há essa avaliação se não interessar aos "interesses" económicos ou políticos. [1] http://en.wiktionary.org/wiki/de_jure [2] http://en.wiktionary.org/wiki/de_facto
Anonymous
October 16, 2007
<blockquote><i>Eu tenho a certeza que antes destas decisões terem sido tomadas, todos estes critérios foram considerados.</i></blockquote> Com esta afirmação só posso chegar à conclusão que o Marcos não assistiu ao debate... Pode fazê-lo em http://www.youtube.com/watch?v=fLxVupn6oKo e vai reparar que os Sr. Deputados estavam tudo menos aptos para votar seriamente numa decisão destas...Anonymous
October 16, 2007
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October 16, 2007
Não Marcos, a afirmação não é do Manuel, mas sua. Contextualizo-a: "A composição da comissão relativamente ao Open XML já foi mais do que discutida. As justificações apresentadas e as razões explicadas pela entidade responsável. Não tenho dúvidas que houve representatividade. A Novell é uma das empresas que criou o Open XML ." A pergunta mantém-se: Pode por favor indicar-me onde é que foram as justificações apresentadas e as razões explicadas?Anonymous
October 17, 2007
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October 17, 2007
Segundo consta, essas afirmações feitas pelo II foram que para "atingir representatividade" foram aceites os pedidos de participação por ordem de chegada até se atingirem vinte pessoas, o que é completamente contra as regras do IPQ para atingir a representatividade, em que se diz não só que têm de se convidar entidades para representar os vários sectores do país, como que não existem limites numéricos para a tal representatividade. Pensei que quando estava a falar de "entidade responsável" estava a referir-se ao IPQ...Anonymous
October 17, 2007
Acrescento ainda que essa representatividade foi tão bem assegurada, que até <a href="http://rikhard-scientia.blogspot.com/2007/10/aps-diversas-leituras-sobre-o-caminho.html">permitiram que alguém se fizesse passar por representante da CM Cascais</a>...Anonymous
October 17, 2007
Veremos: como os representantes da própria CM Cascais, o assunto está a ser investigado.Anonymous
October 17, 2007
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October 17, 2007
Se quiser eu faço-lhe o inquérito e a folha de Excel para você apresentar superiormente ;)Anonymous
October 17, 2007
Estava a fechar aqui o laptop (na secção Windows do dual-boot) e li o ínicio do seu artigo novamente. "Foi ontem discutido na Assembleia da Republica o projecto de resolução 227/X/2 - Software Livre no Parlamento." Devia estar era... "Foi ontem ASSASSINADO na Assembleia da Republica o projecto de resolução 227/X/2 - Software Livre no Parlamento." Assim, sim! Isto é que foi o que se passou. Tenham uma boa noite :)Anonymous
October 18, 2007
Implementação? Qual implementação?Anonymous
October 18, 2007
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October 18, 2007
Victor e Marcoss: O criticado é o facto de não estar aberta a hipótese, a liberdade de escolha e o estudo dos custos e benifícios que isso iria trazer. Tudo isso é diferente da permissa inicial deste post, que dizia que aquilo que aconteceu foi um voto no "open choice", quando, em minha opinião, foi um voto no "vamos deixar tudo na mesma".Anonymous
October 18, 2007
Mind Booster Noori: "O criticado é o facto de não estar aberta a hipótese, a liberdade de escolha e o estudo dos custos e benifícios que isso iria trazer." Não percebo o que impede alguém que tenha a responsabilidade de decidir, iniciar esse estudo se assim o desejar... "permissa inicial deste post, que dizia que aquilo que aconteceu foi um voto no "open choice", quando, em minha opinião, foi um voto no "vamos deixar tudo na mesma"." Errado, continua a deixar nas mãos de quem tem a responsabilidade de decidir continuar a fazê-lo, e não a impor-lhe uma agenda que pode até não ser a sua. Pense um bocadinho e coloque-se na posição de alguém a que agora lhe pedem para avaliar a possibilidade de passar a utilizar Windows, qual seria a sua atitude? Iria receber essa missão com espírito aberto? Seja honesto com os que aqui estamos a conversar e já agora consigo próprio... É apenas curiosidade.Anonymous
October 18, 2007
Victor: Houve uma proposta para iniciar esse estudo. A proposta foi "aprovada com alterações", o que significa, noutras palavras, que foi chumbada. Quanto a mim, pessoalmente, a título pessoal, como cidadão individual, uso o que quero e ninguém tem nada a haver com isso. Em termos profissionais avalio sempre as ferramentas adoptando as que mais convêm, independentemente do fornecedor. Sim, se me pedissem para avaliar uma migração de (qualquer coisa) eu teria de fazer tal avaliação... Só assim faria um bom trabalho.Anonymous
October 18, 2007
"Houve uma proposta para iniciar esse estudo. A proposta foi "aprovada com alterações", o que significa, noutras palavras, que foi chumbada." E o que te estou a tentar dizer é que quem pode decidir pode sempre fazer o estudo sem que tenha interferências externas a "explicar-lhe" que o deve fazer... eu chamo a isso ingerência, ou confiam no meu trabalho e medem os resultados do mesmo, ou então deixam de dizer que sou responsável, percebes? "Quanto a mim, pessoalmente, a título pessoal, como cidadão individual, uso o que quero e ninguém tem nada a haver com isso. " Claro e o sentido da minha pergunta não era sobre essa dimensão da tua vida. "Em termos profissionais avalio sempre as ferramentas adoptando as que mais convêm, independentemente do fornecedor. Sim, se me pedissem para avaliar uma migração de (qualquer coisa) eu teria de fazer tal avaliação... Só assim faria um bom trabalho." Pois o que eu queria mesmo era ver se colocavas ou não essas reticências, porque a questão não era fazer ou não fazer, se és profissional tens deves fazê-lo, mas perdoa-me se estiver errado mas essa avaliação não acredito que fosse completamente isenta e resultasse numa recomendação contrária às tuas convicções (e até acredito que se por algum motivo alguém se enganasse, tu resolverias esse problema). Tudo isto para te dizer que a esse nível não serás diferente de quem muitas vezes criticas...Anonymous
October 18, 2007
"quem pode decidir pode sempre fazer o estudo sem que tenha interferências externas" Quem pode decidir, neste caso, são os deputados parlamentares. "eu chamo a isso ingerência, ou confiam no meu trabalho e medem os resultados do mesmo, ou então deixam de dizer que sou responsável, percebes?" Se a conversa aqui é sobre se os funcionários do departamento de informática do Parlamento deviam ter ou não mais autonomia, nós até podemos chegar a consenso... Mas a discussão aqui não é essa. "Pois o que eu queria mesmo era ver se colocavas ou não essas reticências, porque a questão não era fazer ou não fazer, se és profissional tens deves fazê-lo, mas perdoa-me se estiver errado mas essa avaliação não acredito que fosse completamente isenta e resultasse numa recomendação contrária às tuas convicções (e até acredito que se por algum motivo alguém se enganasse, tu resolverias esse problema). Tudo isto para te dizer que a esse nível não serás diferente de quem muitas vezes criticas..." Tenha cuidado com as suas palavras, porque estas, em particular, podem ser muito facilmente interpretadas como uma acusação pessoal. Você não conhece o meu trabalho para estar a mandar bitaites sobre a qualidade do mesmo. Considero-me um bom trabalhador (a auto-avaliação vale o que vale, é certo), e gostava que não voltasse a atentar sobre a minha imagem enquanto profissional, ou, caso o faça, o faça com provas. Agora... "convicções"? O que é isso? Se eu tiver de avaliar várias alternativas para uma determinada solução, eu examinarei as alternativas até estar convicto de qual é a melhor para o cenário existente. Estar convicto é mau?Anonymous
October 18, 2007
@Victor: Coloco-me essa questão: "coloque-se na posição de alguém a que agora lhe pedem para avaliar a possibilidade de passar a utilizar Windows, qual seria a sua atitude?" Eu sei o que é o mundo windows e não quero voltar lá. A maior parte das pessoas, que usam linux, passaram pelo windows. Sabem o que é trabalhar em windows. A questão aqui é que a avaliação não pode ser feita exclusivamente a pensar no sistema operativo. O sr não se esqueça que está a falar do dinheiro dos contribuintes. O sr nem sequer está a falar de uma empresa que eventualmente terá lucros. Não. O sr está a falar de usar um software proprietário com custos elevadíssimos, quando existem alternativas efectivas livres a custo muito inferior. E não me venha com a história da liberdade de escolha porque até agora ela nunca foi dada a nenhum deputado e nunca ninguém se preocupou com isso.Anonymous
October 18, 2007
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October 18, 2007
Marcos: "Mas não acha que esta avaliação é feita, independentemente de qualquer projecto resolução. Eu acho que é feita!" Segundo o Sr. Deputado Bruno Dias na sua apresentação no I Fórum de Software Livre em Lisboa, o departamento técnico não tem autonomia para tal acção.Anonymous
October 18, 2007
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October 18, 2007
Caro EsteBlogERidiculo, até à sua intervenção a conversa até estava a ser interessante, com a presentação de diferentes pontos de vista, no seu caso resolveu não acrescentar nada. Talvez porque não o consegue fazer, mas nesse caso era preferível fazer o que diz, que era não comentar. Já percebemos que o seu é o lado certo, e que a ética, a racionalidade e a correcção são um qualquer exclusivo seu, parabéns!!Anonymous
October 19, 2007
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November 04, 2007
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